Procurarei por ti
até ao fim de um mundo
ainda interminável
que eu não sei!
Demandarei aquilo que receei,
temente de tudo
que se entrega sem regra!
Esgravato e posso encontrar
numa consistência mais forte de mim,
no infinito dos esboços e no modo da incerteza,
a certeza daquilo
que todavia me deu
o sonho de te ter e sentir.
Continuas a ser o ente que se afasta,
mas que jamais se esgota.
Acontecimento que se deseja
num todo ou cada vez mais,
como um desejo louco
e magoado, sem vínculo.
Pressentimento de veludo,
agreste criatura que me foge
e procura como um aroma volátil,
no sentido de um nexo
daquilo que não existe em mim.
Caminhas até me ter,
próximo da tua mente,
com alguma exactidão
e confirmas a certeza
que vais voltar-me a experimentar!
Comprovas assim esta determinação
de manter um ciclo deliberado de vínculos.
Prometo por isso que me sentirás,
de tudo o que quero
fazer-te experimentar,
desde o lado mais cavado
ao mais profundo
do caminho para nós.