Pesquisar neste blogue

Páginas

25/05/2011

Procurarei por ti

até ao fim de um mundo

ainda interminável

que eu não sei!

Demandarei aquilo que receei,

temente de tudo

que se entrega sem regra!

Esgravato e posso encontrar

numa consistência mais forte de mim,

no infinito dos esboços e no modo da incerteza,

a certeza daquilo

que todavia me deu

o sonho de te ter e sentir.

Continuas a ser o ente que se afasta,

mas que jamais se esgota.

Acontecimento que se deseja

num todo ou cada vez mais,

como um desejo louco

e magoado, sem vínculo.

Pressentimento de veludo,

agreste criatura que me foge

e procura como um aroma volátil,

no sentido de um nexo

daquilo que não existe em mim.

Caminhas até me ter,

próximo da tua mente,

com alguma exactidão

e confirmas a certeza

que vais voltar-me a experimentar!

Comprovas assim esta determinação

de manter um ciclo deliberado de vínculos.

Prometo por isso que me sentirás,

de tudo o que quero

fazer-te experimentar,

desde o lado mais cavado

ao mais profundo

do caminho para nós.

1 comentário:

.l disse...

e no infinito do teu ser encontras quem te acompanha ainda que ausente.

lindo poema, lindo, lindo...