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29/05/2011

Jornada de ternura


No inicio da jornada de ternura

alvejamos os pontos fortes

delicados e transitórios

numa mesma sensação.

Eram dois sentidos

com lembranças diferentes

para cá

que alguém distinto de nós

insistiu e cunhou para lá

sem tingir o culminar do desejo

sem ofender o limite do prazer.

Fala-se em derrota,

porque permaneceram vestígios

daquela intuição de nós

do que se não criou ou foi gerado.

Sentimos na angústia

dos momentos mais gratos

e mais ternos de cada um

os conceitos de quem nada sabia,

daqueles que cobiçaram

e anseiam por certezas,

que nas entranhas

sustentam um rigor

daquilo que não agrada

mas que os faz contornar

apenas os que nada sabem.

Ou se sabem,

nada fizeram para o dizer.

Estaria tudo bem

nessa firmeza daquele evento

e na sufocação da vontade

se ninguém insistisse

em ressurgir

e contestar os actos,

como se alguém

estivesse cativo

de algumas adequadas vontades.

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