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02/07/2009

O refúgio da amargura




Partiste, deixando-me só
E do meu coração saltou aflito
O tremor doloroso e entalado,
Que relatou esta dor tão sublime
De um homem loucamente apaixonado.

O sofrimento que me fez ficar tão fraco,
Foi superior ao extremo adeus

Dum morto agonizante.
As lágrimas surgiram pouco a pouco,
No alvorar de uma dor inquietante.

Chorei a essência dessa dor,
Procurei-te loucamente sem parar.
Não valeram mais as palavras, não,
De um homem que sem nada para dar,
Procura, até morrer, a consolação.

Recolhido no refúgio da amargura
Passei vinte e três horas do dia à janela,
Tentando então ver-te aparecer.
Aqui, neste meu posto de sentinela
Eu sinto que o tempo é pouco… e vai morrer

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