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02/07/2009

No leve adormecer do sobrespaço




Os ventos do sonho, voltaram
Com eles as andorinhas.
Tu voaste, voaste para mim
No leve adormecer do sobrespaço.
De repente o habitual fatigou-se, e dormimos,
Ao nascer do sol a chuva partiu,
Entre os lençóis dois corpos cobriram-se.
Desprendeu-se de nós o amanhecer,
E olhou-nos, criou o hábito sensual
Do teu sorriso, o rumor das ninfas.
Junto à lareira, perto do fogo
As mágoas avançam no crepitar,
Repousando na névoa matinal,
E perdem-se no infinito do balcão celeste
Entre o tom azul cinzento,
Surgiste, oh alma bela, como as andorinhas,
Junto a ti, na doce mania do vento morno,
Eu, o eterno e saudoso vencedor,
Cavalgando nas nádegas do vento,
Irritei o tempo, expirando a ternura
E voltei onde as casas me esperam,
Onde o meu nome sempre bela te chamará.

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