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02/07/2009

A caminho da solidão




Pedi que me ouvissem
Tinha algo para lhes dizer,
Tinha que lhes falar
De todo o meu passado
Das horas perturbadas
Dessas inesquecíveis manhãs.
Mas porque os outros
Cruéis, cansados e tristes
Nada disseram,
Porque nada sentiram,
Também eu nada pude dizer.
Limitei-me a ouvir as suas teses
Silenciosas, morrendo em mim
Todo o desejo.
Por isso os odeio,
Não quero senti-los,
Não posso!
Quero aprofundar a alegria
E fazê-la partir para o exterior
Não é uma súplica, é apenas o desejo
Para preencher um coração desajeitado
Com o sorriso prateado da lua.
Não sinto o sorriso,
Sinto, neste momento, a solidão
Que de mim se aproximou,
Vestida de desespero,
Tocou-me e no espaço de um instante
Mostrou-me o seu caminho,
Eu fugi, fugi como um ser apedrejado.

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